terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A Filha das Flores - Vanessa da Mata

  Comecei a ler esse livro por causa da Patrícia di Carlo, que fez uma resenha incrível lá no seu canal no YouTube. Admito que faz é tempo que eu comprei esse livro, e só peguei para ler na semana passada. Em compensação, devorei as páginas e em quatro dias tinha finalizado a leitura.
  A Filha das Flores, obra de estreia de Vanessa da Mata, conta a vida de Adalgiza, e nos leva por uma história de descobrimento e libertação.


  No primeiro capítulo somos apresentados à infância de Adalgiza, com toda a pureza e delicadeza que as crianças podem oferecer. É nesse capítulo que Vanessa da Mata constrói o universo onde a história toma lugar - a primeira vista, um cenário quase onírico. As personagens são introduzidas no devido momento, tendo como berço uma narrativa imersiva que toma conta do leitor.
  Continuamos a acompanhar Giza pela sua adolescência e o início da vida adulta. A partir daí, fio por fio, a autora começa a desfiar a tapeçaria que teceu nos primeiros capítulos. Sem medo, Vanessa da Mata vai desconstruindo tudo sobre a pequena cidade e seu exílio, a misteriosa Vila Morena.
   O início da história talvez seja um tanto vago; há peças que parecem nunca se encaixar. Mas a narrativa musical e o olhar infantil da narradora-protagonista nos conduzem sem demoras às páginas seguintes. E então, justamente quando tudo que sabíamos sobre aquele pequeno universo fictício começa a ruir, os fatos começam a fazer sentido.
 
   Giza é uma criança que mora com as tias em uma casa relativamente grande, para uma cidade de interior. A família sobrevive da venda de flores; possuem um enorme jardim que gera rosas, lírios, margaridas. Sem grandes problemas, a pequena Giza cresce dentro de um mundo pacato e rotineiro.
  Quando os hormônios e as paixões se sobrepõe à simplicidade da infância, ela começa a enxergar sua cidade de uma maneira diferente; as pessoas não são quem parecem ser, e aqueles que antes eram tão simpáticos lhe parecem um pouco diferentes, falsos... Aquela vida, então, deixa de ser suficiente para Giza. Ela quer algo mais; precisa de novas emoções. Por conta de um comentário casual de uma de suas tias, ela acaba tomando o rumo de Vila Morena, um pequeno agrupamento de casas próximo a sua cidade - que, na verdade, faz parte do município, mas é um local de exílio e esquecimento que nunca visita as bocas dos moradores. Lá, após um primeiro grande choque de realidade, Gisa desperta para novos sentimentos, novas experiências e amizades.
  Entretanto, esses novos conhecimentos não são de todo agradáveis: convivendo em dois universos extramente contrastantes, Gisa percebe que as histórias mascaradas como fatos, que cresceu ouvindo, talvez não sejam verdadeiros. Tendo que aprender seu caminho entre dois extremos, a jovem suspeita que sua cidade esconda um terrível segredo, que está ligado a sua própria vida.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

De Profundis, by Oscar Wilde

Olá, hoje venho comentar sobre a minha leitura mais recente: De profundis, by Oscar Wilde.

Esse romance é uma carta/relato bem longo -pra uma carta- de sua vida na prisão para seu amado; Ou seja, é um livro bem triste, mas muito bem escrito! (por falar em escrita, li esse livro no original, quem puder ler em inglês, o leia. É fascinante)
Mas, enfim, Oscar Wilde estava preso por comportamento indecente e sodomia.
É muito emocional e tem trechos que você não consegue ler direto, pois, como disse, é tão triste, tão forte, tão sincero.
Bom, não queria falar muito, minha ideia era fazer um post só com algumas citações, mas enfim.


Trechos dos livro:". . . Suffering is one very long moment. We cannot divide it by seasons. We can only
record its moods, and chronicle their return. With us time itself does not progress. It
revolves. It seems to circle round one centre of pain."

"Each train as it came up swelled the audience. Nothing could
exceed their amusement. That was, of course, before they knew who I was. As soon as they
had been informed they laughed still more. For half an hour I stood there in the grey
November rain surrounded by a jeering mob.
For a year after that was done to me I wept every day at the same hour and for the same
space of time. That is not such a tragic thing as possibly it sounds to you. To those who are
in prison tears are a part of every day's experience. A day in prison on which one does not
weep is a day on which one's heart is hard, not a day on which one's heart is happy."

"He sees all the lovely influences of life as modes of light: the imagination itself is the world of light. The world is made by it, and yet the world cannot understand it: that is because the imagination is simply a manifestation of love, and it is love and the capacity for it that distinguishes one human being from another."

domingo, 5 de outubro de 2014

Julie & Julia

Olá, venho hoje comentar sobre o livro+filme: "Julie&Julia", de Julie Powel.

                                                                                   (adoro esta capa)
 Resumindo a história em algumas palavras:
Julie. à beira dos 30. Insatisfeita. Com tudo e todos. Inclusive, consigo.
Decidida a mudar de vida, toma um projeto de fazer 524 receitas, em 365 dias. Cria um blog pra dividir a sua experiência.
Arriscando perder o emprego, o marido e a sanidade mental.

O filme... EU AMEI, AMEI, AMEI!!! <3
(Sim, como puderam notar, eu gostei mais do filme que do livro.)
Motivos: No filme, achei bem mais explorado o lado das duas. Não sei se impressão minha, mas no livro o foco é muito pra apenas uma. Julie.
E, não sei, mas, o filme, foi bem mais legal, PRA MIM.
(Claro que eu sei que são coisas diferentes -e incomparáveis até certo ponto; pois o filme é, por mais fiel a obra, uma ADAPTAÇÃO.)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

To The Lighthouse - Virginia Woolf

Olá, hoje venho comentar com vocês sobre a minha (re)leitura recente que foi: "To the lighthouse", by Virginia Woolf.
                                    
Bom, a primeira vez que eu li -e conheci a obra dessa autora- foi em 2012, que li "Passeio ao farol.", traduzido mesmo; ano passado, ganhei "Mrs. Dalloway" e adorei também!
E, esse ano, comprei uma edição -linda e em Inglês- com 8 romances dela, Virginia Woolf -e foi bem barato hihi

Enfim, To The Lighthouse.
O enredo deste livro parece "de cara" algo muito simples, mas, a Woolf tornou isso algo espetacular.
Esse livro é divido em três partes (e gostaria de informar que tem capítulos que é apenas um parágrafo, sim.)
Mr. e Mrs. Ramsay e seus filhos vão passear e seu filho mais novo quer muito ir ao farol, mas o passeio é impossibilitado por conta do tempo, que não coopera.
Viram? parece simples. A Woolf tornou esse romance bem "psicológico".
Sempre e sempre aparecem os pensamentos dos personagens, ou mostra a afetividade entre eles -ou a falta de sentimentos bons.
Comenta sobre a relação familiar. Sobre o comportamento e características dos personagens.
Gente, sério, é muito bom!
(assim, apenas, talvez, não seja algo muito alegre/feliz)


Um dos trechos mais lindo que li nesse livro é sobre a Mrs. Ramsay:
"They must find a way out of it all. There might be some simpler way, some less laborious way, she sighed. When she looked in the glass and saw her hair grey, her cheek sunk, at fifty, she thought, possibly she might have managed things better -her husband; money; his books. But for her own part she would never for a single second regret her decision, evade difficulties, or slur over duties."

E também adorei este trecho:
"It seemed to her such nonsense -inventing differences, when people, heaven knows, were different enough without that. The real differences, she thought, standing by the drawing-room window, are enough, quite enough."

domingo, 14 de setembro de 2014

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children

Bom, venho comentar hoje com vocês sobre o "Miss Peregrine's Home for Peculiar Children", by Ransom Riggs.
                    

O livro é MUITO bacana, na minha opinião.
(acho que, 4 estrelas de 5)

Jackob tem um avô que sempre lhe contava histórias de quando morava em um orfanato, que tinha crianças um tiquinho peculiares... Uma criança que gostava de ficar invisível, um garoto que era cheio de abelhas e coisas do tipo, rs.
Quando Jackob era criança acreditava nas histórias, mas quando foi ficando mais velho... Imaginem: Pensava que o vô estava ""caducando"", e coisas assim...
Até que certo dia, o vô dele morre, e ele começa a saber que tudo isso é real.
Claro que o pai de Jackob o leva ao psiquiatra, e o de praxe.
Jackob recebe uma missão.
Seu avô pensou ter matado "as coisas", mas ele estava enganado.

O livro é bem bom.
Não achei tão assustador... na verdade, poucas foram as partes que eu fiquei com medo. (Não posso dizer qual achei mais assustadora, pois seria spoiler.)
Evitei falar mais do livro para não dá nenhum spoiler.
Já ia esquecendo de falar: O livro é repleto de fotos. Eu coloquei três no final desse post ;)

Trechos do livro:
"That is such psychobabble bullshit," I spat. "It's not what I think that matters; it's what's true! But I guess we'll never know, so who cares? Just dope me up and collect the bill." página 55

"(...)How do you say I'm sorry father didn't love you enough to your own father? I couldn't(...)" página 101




   

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

The Maze Runner

  Se tem um YA que me surpreendeu, foi The Maze Runner, de James Dashner. O final do primeiro volume da trilogia é simplesmente... Surpreendente. Mas vamos começar pelo começo!


  Nesse livro, acompanhamos Thomas, um garoto que chega em um ambiente hostil, chamado The Glade, onde os únicos habitantes são outros garotos. Sem nenhuma memória e nenhuma ideia de como chegou lá, Thomas descobre os perigos que habitam o labirinto que ronda toda clareira que acaba por ser tornar seu novo lar. Assim como os outros que chegaram antes dele, o jovem tem que se adaptar à vida nesse ambiente hostil, apenas nutrindo a esperança de um dia escapar e recuperar suas memórias. Para isso, é necessário enfrentar os monstruosos Grievers e achar a saída do labirinto. As coisas realmente pioram quando, no dia seguinte à chegada de Thomas, uma garota inconsciente é encontrada no local. Durante um lapso de consciência, suas únicas palavras são: "Tudo está para mudar".

  De início, não nos é apresentado nada de tão incrível: garotos órfãos, um protagonista sem memórias do passado e uma misteriosa e atraente garota que parece ter algum vínculo com ele. Quem está acostumado com a literatura para jovens adultos está familiarizado com esses elementos. O diferencial de The Maze Runner é que cada parte do livro consegue segurar sua atenção. 

  No início, a sede de virar as páginas se deve ao mistério: Você PRECISA entender o que está acontecendo. No meio da livro, os capítulos se tornam mais curtos, e cada página contém momentos de ação que mantém sua atenção. A história segue misturando bem esses dois elementos, até um momento em que eu parei e pensei: "Ah, já sei como vai acabar". Diminui o ritmo, continuei a ler. Os  capítulos finais, porém, mudam o rumo da história. A "zona de conforto" em que o leitor já se imaginava, crente que sabia perfeitamente qual seria o gancho para o segundo volume, se desfaz. E no epílogo... Tudo o que você estava imaginando é desconstruído, em um dos ganchos mais surpreendentes da literatura YA atual desde Em Chamas, da trilogia de Suzanne Collins. 

  Os pontos negativos? A maioria dos personagens é bem imatura, e parece não haver um aprofundamento muito grande em suas personalidades. E também: esse primeiro volume, embora capaz de te prender, tem uma carência de conteúdo; é basicamente um entretenimento por entretenimento. A minha esperança: esse foi um livro introdutório, muito bem caracterizado para chamar seu público alvo. Seus capítulos finais pareceram revelar uma trama mais madura e bem construída; afinal, agora que os mistérios começaram a ser desvendados, talvez o autor se concentre na qualidade da trama e na construção dos personagens, revelando algo parecido com o mundo que Collins criou em sua própria trilogia, mas mantendo a identidade construída em The Maze Runner.

sábado, 30 de agosto de 2014

Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

Olá, como vão?
Hoje, venho comentar sobre Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.

É um clássico da literatura brasileira; E, bom, achei-o muito curtinho.
A edição que tenho possui 154 páginas + questões de vestibulares.

Isaura era uma escrava que foi educada na casa grande.
Teve uma vida """""""""fácil"""""''' até certo período, mas depois começou a complicar bastante.
Ela era desejada e querida por quase todos. Recebia galanteios de todas as partes, mesmo sempre os recusando; ou até mesmo, achando-se inferior e indigna de tais sentimentos.
Sempre fazia questão de "mostrar" que, apesar de toda a educação e coisas que aprendeu, era uma escrava, e que isso era uma coisa -quase- eterna, que não mudaria.
Sua dona, Malvina, queria libertá-la, mas Leôncio não permitia isso por desejar ardentemente Isaura.
Leôncio começa a ameaçar Isaura e diz que se ela não o quer por bem, o vai querer por mal. E que ela deveria escolher se queria dele o amor ou o ódio. Os dois sentimentos eram fortes e violentos.

Gostei? Em partes. Uma coisa que me irritou bastante ~comentei isso até no instagram~ é que Isaura se "mal diz" muito. Tipo, ela está sempre "Ai, sou uma escrava, não mereço isso ou aquilo"... Tá, sei que é difícil, muito até, mas... é muito "mimimi", até porque tinha muita gente que ajudava a Isaura.
Até tem um momento que -SPOILER, SPOILER: Álvaro, um cara muito apaixonado por ela, diz pra ela que isso não tem nada a ver, e que ela deveria ""parar"" de dizer essas coisas.

Nota: 3 de 5.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O Tempo é um rio que corre - Lya Luft

Bom, venho  vos avisar logo: ADORO Lya Luft e livros nesse estilo, ou seja, resenha super amorosa, rsrs.

Esse livro fala da vida, como devemos aproveitá-la. Como somos egoísta muitas vezes quando não reconhecemos que erramos, quando não aceitamos a fase da vida em que estamos, e, simplesmente, queremos que a vida nos dê um retorno rápido, bom, positivo, e sem fazermos nada. Não pode ser assim.


Temos que ser felizes. Alegres. Sim, sorrir custa algo? Machuca sorrir? É bom querer ser aquele que é lembrado por ser o "reclamão", ou o "barraqueiro", o insuportável? A gente, infelizmente, seguindo assim, tornamo-nos insuportáveis até mesmo para aqueles que nos amam, e sempre estarão conosco.

Mudar. É necessário, quando necessário.

"Mas se nós nos submetemos a padrões mais rígidos, se nos considerarmos injustiçados, vamos acabar sendo aqueles chatos, cobradores, queixosos, que nós mesmos reprovamos. É natural que o isolamento - por nós mesmos urdido - se instale, e fiquemos insuportáveis até para quem nos ama.

Teremos criado caprichosamente uma solidão."


Enfim, não sei mais o que dizer desse livro...
Nota 10.

domingo, 27 de julho de 2014

Resident Evil - Extinction: Novelização + Filmes

Bom, gente, como muitos devem saber, eu e o Victor somos loucos por Resident Evil. Há bastante tempo.
Já jogamos, assistimos aos filmes e li alguns dos livros.
SIIM, há livros de Resident.

Eu, sempre, sempre adorei os filmes; e leitor tem aquela coisa: Será que tem livro desse filme? -corri e procurei na internet.
Um belo dia, eu descobri que, sim, Keith R. A. DeCandido fez novelizações dos três primeiros filmes *-*  (a coisa que não sei é se tem tradução. Eu li, dessas novelizações, apenas o 3° por enquanto, em inglês mesmo; GENTE, MUITO, MUITO bacana *---* )

Bom, vou TENTAR fazer a partir desse momento um comentário sobre minhas impressões sobre o filme e o livro 3 (Extinction). Ah, é o meu filme favorito da série.

Bem, como dá pra perceber, li no Kobo, mesmo.
E fiquei pasmo, pois esse livro tem quase 400 páginas. É em inglês. E eu li em apenas duas tardes *-*

Como o título já sugere, o mundo está em extinção.
Quase não há sobreviventes.
Mas, no fundo, pr'aqueles que estão vivos, junto de Alice, existe uma esperança.
Apesar de ser o filme/livro 3, ele não é apenas "algo de transição". Ocorrem coisas bem importantes pro enredo da estória!

Alice passa por terríveis enrascadas. Como era de se esperar.

Algumas das minhas cenas favoritas são:
Ela está foi enganada por uma senhora que fingia precisar de ajuda. Um dos filhos dessa senhora tenta estuprá-la, e a única coisa que Alice diz é: "Eu não faria isso."; O cara tenta e ela o mata.

Quando o Isaac está lutando com Alice, e eles estão na sala de laser. Ele não nota.
E diz: "Por muito tempo, achei que você fosse o futuro, mas eu estava enganado. Eu sou o futuro.
A Alice começa a rir e diz: Não. Você é só mais um idiota. E nós vamos morrer aqui." E o laser se ativa, mas quando chega em frente a Alice, para.

Não falarei mais para não dar spoilers, só recomendo que leia/assista.

E aí, qual sua opinião sobre Resident Evil?

quinta-feira, 17 de julho de 2014

The Little Prince

  Quem já leu o romance mais conhecido de Antoine de Saint-Exupéry conhece seus encantos. The Little Prince é um livro que conquista jovens e adultos, e conquistou seu lugar na literatura mundial.


  Eu já havia lido "O Pequeno Príncipe" em sua edição brasileira, provavelmente mais de uma vez, embora tenha recordações razoáveis apenas da releitura mais recente. Como resolvi investir na leitura dos romances de língua inglesa em seu idioma original (em parte por causa do preço, bem mais acessível do que as edições brasileiras), adquiri uma edição da Wordsworth com algumas das mais famosas histórias infantis. Sim, eu sei que o livro em questão foi publicado pela primeira vez em francês, mas eu não domino o idioma e, mais uma vez, a questão do preço e acessibilidade me fez optar por garantir meu exemplar em inglês. E acho necessário fazer uma observação antes de prosseguir: quem acha que a literatura infantil é pobre em vocabulário, deve repensar a questão.

  The Little Prince é uma obra que certamente encanta as crianças, ainda mais por trazer ilustrações divertidas criadas pelo próprio autor do texto. Por ser curto, de leitura flúida e de fácil compreensão, além de trazer tão bem representados diversos elementos da infância (a curiosidade, a temosia, a inocência, etc), a identificação dos jovens leitores é natural. Mas ainda assim, o livro tem a capacidade de cativar, com excelência, o adulto que se aventurar em suas páginas.  Além de despertar saudades da infância, o texto conduz a críticas pesadas, trabalhadas de forma sutíl e acessível, trazendo a oportunidade do leitor mais velho se ver pelo olhar de uma criança. E como todos sabem, e creio que concordam, a sinceridade das crianças é aguçada e precisa.

  Não falamos aqui de um livro muito pretencioso, disposto a debater profundos aspectos da sociedade, ou então, conduzir a uma desconfortável autoanálise. O que constatamos, ao terminar a leitura, é uma obra delicada e que atinge o indivíduo em algum lugar muito sensível. É uma narrativa que, a medida que vai sendo construída, acalenta carinhosamente o leitor e o conduz por uma história que fica na cabeça e desperta reflexões de maneira espontânea. Não tem efeitos a curto prazo: não planeja mudar radicalmente a sua vida assim que a última linha for lida. Inclusive, desconfio dos livros que tem essa pretensão. O que acontece é que se despertam reflexões que, se a pessoa se deixou influenciar pela atmosfera da leitura, serão encaradas com toda a sagacidade da sua criança interior.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Meu Pé de Laranja Lima

  Decidi ler, sem grande expectativas, Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos. Tenho comprado muitos livros clássicos de literatura infantil, a grande maioria sendo estrangeira. Decidi começar, porém, por um nacional; e foi assim que tive a oportunidade de ler esse livro tão cativante.


  Em Meu Pé de Laranja Lima, somos apresentados à história de Zezé, narrada em primeira pessoa. Um garoto de cinco anos (quase seis), inteligente, atacado e muito sensível, ele observa o mundo "de gente grande" e relata suas experiências com grande inocência. Filho de família pobre, Zezé acaba encontrando diversão e felicidade nas pequenas coisas, embora as vezes não consiga evitar de se sentir triste com essa condição. Ainda assim, o garoto cativa aqueles que não o conhecem por sua humildade.

  A história começa com os preparativos para a mudança da família de Zezé. Como toda a criança, há no garoto a saudade do antigo lar, das coisas com as quais estava acostumado e pelas quais tinha se apegado. Seu maior receio é que Luciano, o morcego que morava nos fundos da casa e que o garoto criava com carinho, não os acompanhasse na mudança. Entretanto, chegando à casa nova, Zezé encontra no quintal uma pequena árvore: um despretensioso pé de laranja lima, franzino e pequenino. Rapidamente, o menino se apega à laranjeira, e cria um elo de ligação com sua nova moradia.

  Sempre muito travesso, o menino se sente profundamente magoado por todos sempre o repreenderem, o insultarem e procurarem controlar suas ações. Por mais que pregue peças e armações, o garoto nunca tem más intenções, e apenas procura se divertir. Sempre que percebe que suas ações levaram a alguma situação complicada, o Zezé sente a consciência pesar, e muitas vezes tenta redmir seus atos.

  Assim espontâneo, se apega com facilidade e, na inocência da infância, provoca profundas emoções naqueles que estão dispostos a ouví-lo com sinceridade. Suas confissão são honestas e profundas, e revelam uma grande maturidade que está muito além de sua idade.

  Meu Pé de Laranja Lima provoca uma nostalgia gostosa dentro do leitor, despertando saudades da infância. É um livro tocante e que vem para provocar as emoções. Também triste, porém nem por isso menos carismático, é uma leitura rápida e deliciosa, que nos deixa com muitas reflexões e críticas, mas que se destaca, com certeza, por seu apego emocional.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Wuthering Heights: O morro dos ventos uivantes

Bom, hoje venho comentar sobre um livro que AMO demais: Wuthering Heights, traduzido "O morro dos ventos uivantes."

A primeira vez que li esse livro, faz uns bons anos, e foi uma adaptção.
Não me bastou.
Li uma tradução. Amei.
Comprei recentemente uma edição bilíngue -e arrisquei a ler uma parte no original.

Bom, acho que todos já devem saber o enredo, mas, vamos lá.
Catherine e Heathcliff.
Casal que se odiava e amava. E tudo isso muito intensamente.
Foram criados juntos; O irmão de Catherine, Hindley, não gostava de Heathcliff; Sempre dava um jeito de castigar/bater em/zombar de Heathcliff.
Mas, é como tem um trecho do livro que diz que não importava quanto o Heathcliff apanhasse e a Cathy tivesse que decorar "sermões", quando eles se encontravam tudo valia a pena.

Catherine casa-se com outro. Magoando intensamente Heathcliff, que por sua vez casa-se com Isabella, mas para "destruir" com a felicidade alheia.
E, para piorar, Isabella era apaixonada por Heathcliff.

Acontece um episódio com a Catherine... e depois disso o Heathcliff fica, literalmente, louco, amargo.
E não conto mais para não "dar spoilers", vai que alguém ainda não tenha lido este livro e queira ler.

É um livro romântico, mas triste em certas partes.
Uma característica desse livro: INTENSIDADE.
O amor, a tristeza, a raiva, tudo que ocorre nele com muita intensidade.
Nada simples.

Trechos:
"If all else perished, and he remained, I should still continue to be; and if all else remained, and he were annihilated, the universe would turn to a mighty stranger: I should not seem a part of it.—My love for Linton is like the foliage in the woods: time will change it, I’m well aware, as winter changes the trees. My love for Heathcliff resembles the eternal rocks beneath: a source of little visible delight, but necessary. Nelly, I am Heathcliff! He’s always, always in my mind: not as a pleasure, any more than I am always a pleasure to myself, but as my own being."



domingo, 29 de junho de 2014

O Festim dos Corvos

  Após a torrente de emoções conflitantes, surpresas desagradáveis e todas as lágrimas que são provocadas por A Tormenta de Espadas, muitos fãs ficaram desapontados com o quarto livro da série. Hoje, vamos falar um pouquinho de O Festim dos Corvos.  

ESSE POST CONTÉM SPOILERS!


  A primeira consideração que devo fazer é que percebi que, mais do que um livro de transição, o quarto volume das Crônicas de Gelo e Fogo é uma obra que tem sim seu valor na história, embora de fato a trama não seja tão turbulenta como a do livro anterior. O próprio título já revela muito do teor do que leremos nas muitas páginas: as maiores batalhas já foram travadas, Porto Real considera seus maiores inimigos já mortos e pensa se encaminhar para o fim da guerra. Os assuntos políticos e religiosos ganham grande espaço nessa parte da história, pois Westeros está em frangalhos, e é preciso reerguer os Sete Reinos. Ora, os corvos são os animais que se banqueteiam dos mortos, e costumam aparecer após as batalhas. Nada mais adequado.

  Os capítulos da Brienne são, na maioria, realmente muito longos e cheios de enrolações, embora o último seja surpreendente e 1) ou será muito importante para o que vem a seguir, ou 2) será o desfecho da história da Donzela de Tarth. As passagens da Arya tem pouca ação, mas são interessantes e deixam grandes expectativas sobre essa personagem que, ao menos ao meu ver, estava decepcionando um pouco no último livro.

  As partes que mais gostei foram as de Cersei, Jaime, Sam e Sansa. Esses personagens evoluiram, amadureceram ou se modificaram fortemente ao longo dos três volumes anteriores, e nesse momento da história podem tomar decisões que surpreendem os leitores. Também é nestes capítulos que os ganchos mais incríveis para os próximos livros são criados, e te deixam se contorcendo por mais!

  Inicialmente, o quarto e o quinto livros de Crônicas de Gelo e Fogo deveriam ser um só livro, mas acabaram sendo dividido em dois. O que acontece é que, por algum motivo, nosso mestre da tortura George R. R. Martin decidiu que cada livro focaria em uma determinada região. O Festim dos Corvos se passa exclusivamente no Sul, em Bravos e na Ilhas de Ferro. Ou seja, se você está com saudade de Jon Snow, Daenerys, Bram, Rickon ou Tyrion... Terá que esperar mais um pouco. Todos esses personagens serão o foco de A Dança dos Dragões. Vale comentar que, provavelmente, os personagens que apareceram neste volume não aparecerão no próximo, ou seja, só mesmo quando for publicado o sexto volume para sabermos o que foi que aconteceu a cada um deles. E isso é muito, muito angustiante, pois o final do livro tem MUITOS plot-twists!

  Ah, claro! Como esqueci? Vale dizer que Ned Stark estava certo: O inverno chegou.



quarta-feira, 25 de junho de 2014

SORTEIO de um exemplar de "Desafiando o destino" AUTOGRAFADO


Olá, leitores!
Bom, esse post vai ser curtinho, é mais pra explicar o sorteio.
Quem nos acompanha sabe que essa semana foi ao ar, no Vlog, uma entrevista com a Rose Elizabeth Mello  e essa entrevista comentamos que em parceria com ela, os Incriativos sortearão um exemplar de "Desafiando o destino" com dedicatória e autografado por ela ;)
Eis o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=yKCtEVEnBxc

Para Participar:
Dar um Like na page do Incriativos: www.facebook.com/incriativo
Dar um Like na page da Rose: www.facebook.com/roseelizabethmello
E comentar no post sobre o livro dela aqui no blog(deixando email/facebook qualquer coisa pra contato): http://incriativos.blogspot.com.br/2014/06/desafiando-o-destino.html

O resultado sairá dia 21 de julho!
Abraços e Boa Sorte a todos ;)

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Desabafo: sobre fanfics e o universo literário.

  Se alguém chegar em praça pública e anunciar, a plenos pulmões, uma única palavra, é certo que o caos se instale. "Fanfiction!", grita o infeliz sujeito, e um dia talvez nem tão agradável, mas que tinha tudo para ser normal, perde o rumo. Os mais críticos saem correndo, chamando o pobre cidadão de herege, pregando contra blasfêmias literárias. Os leitores mais convencionais cochicham entre si, tentando descobrir se o termo enunciado se refere a algo verdadeiro ou mais uma "lenda urbana virtual". E aqueles que escrevem, aqueles que dominam - ou pensam dominar - esse gênero textual, correm em direção ao infeliz aurauto, e proclamando "Crossover!", "DELENA!", "DASTIEL LEMON!". Os pobres mortais fogem, de vez, assustados e confusos.

  Acho que todos concordam que quando se trata de ficção criada por fãs, o assunto gera polêmica. Houve a febre, o surto de crescimento de produções deste tipo; houve uma lei que tentou proibí-las; e então elas começaram a ser publicadas como romances. E desde então, o burburinho virou algazarra e sempre que se toca no assunto, o clima fica tenso. É quase impossível, em um grupo com mais de cinco pessoas, se entrar em consenso sobre isso; afinal, boa parte provavelmente nem saberá do que está se falando.

  Como leitor compulsivo e escritor passional (e quem sabe um dia, profissional), confesso que comecei a escrever dentro do universo das fanfictions, ou fanfics, para os mais próximos. Não vou cuspir no prato em que comi; foi nessa época que minha escrita amadureceu mais rapidamente, e também, até agora, meu período de produção mais fértil. Mas vamos conceituar: o que elas são, afinal?

  Fanfictions são textos de caráter ficcional criados por fãs, que tratam de filmes, livros, programas de televisão e qualquer outra coisa que possa gerar um grupo mínimo de fieis espectadores ou leitores (ou seja, um fandom). Elas são postadas em sites específicamente criadas para isso, embora sejam encontradas em vários recantos da web. Cada capítulo é postado logo que é escrito e os leitores tem que aguardar os próximos. Aqueles que se propõe a escrever dentro deste gênero literário (e fique claro que, aqui, esse será o termo usado, e não adianta bater o pé) gostam de tomar as vezes do autor original, criando tramas em espaços que foram deixados em branco na história. Por exemplo, os assim denominados potterheads somam grandes números de histórias que se passam antes, depois ou em tramas paralelas àquela narrada por J. K. Rowling. As vezes, reescrevem a história, mas atendo-se às regras do universo ficcional no qual estão trabalhando. E por vezes, rompem com todas as amarras, tomando emprestado poucos elementos de uma narrativa original e criando algo quase completamente novo dentro disso. É claro que existem muitos tipos de fanfics e muitas maneiras de se narrar essas histórias, mas essa explanação vale como um bom resumo.

  Assim como existem romancistas, cronistas e poetas de todos os tipos, o mesmo acontece com os autores de fanfics e suas produções. Existem histórias bélissimas, dignas de serem lidas, que entretem e são dotadas de tanta qualidade quanto qualquer outro texto bem escrito. E existem histórias que fazem com que você queria tomar de volta cada segundo de sua vida que gastou na leitura. Embora desde sempre houvesse muita briga entre liberais (os autores ou admiradores das ficções de fãs) e os conservadores (seguidores fiéis de Veríssimo, Lovecraft e outros nomes clássicos); mas atritos existem em toda a parte sobre qualquer tema, então não há muito o que fazer.

  Mas, como (ex) autor e leitor deste gênero, tenho que confessar: o problema começou na transposição. Foi quando criaram as fanfics "originais" que a semente da discórdia brotou. Fanfiction, entendida como gênero (e esse é o caso), pressupõe regras básicas de estrutura, mas não de temática. São histórias divididas em capítulos, geralmente curtos (pois a leitura era toda feita pela tela dos computadores, antes de surgirem os tablets, e isso é cansativo), que trazem alguns elementos bem divergentes dos livros. Muitas fanfics são estruturadas em POV's, ou tem trilha sonora (cujas faixas, muitas vezes, são disponibilizadas em players dispostos no decorrer do texto), e normalmente trazem comentários do autor, no início ou no final dos capítulos. São narrativas criadas de fãs para fãs, e muitas vezes permeadas de metalinguagem. Muitas tem um ar mais descontraído, não necessarimanete quanto ao conteúdo, mas à maneira como foram escritas.

  Assim, elas possuem estruturas próprias e que servem bem (ou, as vezes, não), aos seus propósitos. Mas com o surgimento de editoras independentes (o que é algo muito bom, não entendam errado), e a empolgação deste autores também independentes, começou-se a querer transformar fanfics em livros. As histórias originais, que podem ser chamadas de fanfics pois se enquadram em sua estrutura, apesar de não pertencerem a nenhum fandom. Mas quando as editoras começaram a abrir as portas para novos autores (aparentemente com baixos critérios de seleção), aqueles escritores confinados no universo virtual resolveram publicar seus próprios livros. O que foi um acontecimento com grande potencial, até que se começou a pescar fanfics da internet e jogá-las em livros de papel, chamando o resultado final de romance, embora continuasse sendo a mesma coisa, só em um suporte diferente. Quem vive ou viveu neste universo de fãs sabe logo quando pega um livro que foi "adaptado" da uma fanfic, pois conhece as características do gênero. E por mais que o texto seja bom, que a história seja cativante e que seja uma ótima fanfiction, como romance, o êxito será difícil. Já imaginaram postar "Dom Quixote" na internet, um capítulo por semana? Provavelmente não daria certo. Inclusive, muitos autores que aspiram, desde o começo, escrever romances propriamente ditos, mas não tem o apoio de editoras, encontram nos sites destinados a esse outro gênero um espaço de publicar seus textos e fazer com que sejam lidos. E, normalmente, realmente isso não dá certo.

  Tudo isso sem nem falar nos romances originais que começaram a ser produzidos como se fossem fanfics, mas se escrever mais, o texto não acaba nunca.

  E foi assim que o nosso cenário literário atual ficou um pouquinho mais caótico, os preconceitos se acirraram e o entendimento entre leitores se tornou cada vez mais difícil.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Desafiando o destino

Hoje venho conversar com vocês sobre o maravilhoso, incrível, sensacional "Desafiando o destino", de Rose Elizabeth Mello.

Um romance espírita maravilhoso!
Louise. Bruno. Cortez. Homero. Sophie.
Esses são alguns personagens da primeira parte do livro, que está se passando no ano de 1855.
Louise é uma garota que mora "no interior", seu sonho é ir para a Corte. Não importa o que ela tenha que fazer.
Bruno, feitor da fazenda do pai de Louise.
Ela engravida. Mente sobre "quem é o pai", e com isso faz muita gente se ferrar ~não posso detalhar para não dá spoilers.
Cortez é um escravo que sempre protege Louise, e que quando foi para o plano espiritual tornou-se seu anjo guardião, por assim dizer.


Anne e sua filha Fay. Theodora e sua filha Alícia. Salviano. Camila. Zilda. Simone.
Anne e Fay moravam no exterior e vieram morar no Brasil, não conheciam ninguém até conhecerem Simone e Zilda.
Zilda é uma mulher falsa que só pensa em levar vantagem. Ela não tem amigos, ela tem "pessoas que podem facilitar sua vida".
Salviano é um empresário riquíssimo, mas que não consegue ouvir ninguém, a não ser ele mesmo. Orgulhoso e se acha a única pessoa que sabe das coisas.
Theodora é ex-mulher de Salviano, neurótica.
Alícia é uma personagem SUPER amor! <3

Um livro riquíssimo de conhecimentos, de mensagens que vão te fazer refletir o que 'cê tá fazendo da sua vida!
Essa autora escreve bem!

p.s.: Semana que vem, no Vlog, terá vídeo de entrevista com a autora! ;)




domingo, 1 de junho de 2014

The Sea Of Monsters, by Rick Riordan

Olá, pessoas! venho hoje fala do livro "The Sea Of Monsters", de Rick Riordan.

Primeira observação: Tô ADORANDO essa série! Sério, gente!
Segunda observação:
Algumas pessoas no post sobre the lightning thief e no instagram vieram me perguntar sobre o nível de inglês desses livros e tals. O que eu posso dizer: Nunca fiz curso de inglês -inclusive, começarei um semestre que vem-, mas eu só tinha feito self-study, e dá pra ler, gente. Eu não achei tããão complicado. E, se você começar a ler e achar complicado, não tem problema, mas insista, eu aconselho. Os livros são ótimos.

Bem, esse é o livro 2 da série Percy Jackson & The Olympians;Percy Jackson está na 7° série agora!
Vocês conhecerão
o Tyson, que é um menino amigo de Percy, seu brother -literalmente; perdão pela piada-sem-graça-spoiler.
A Clarisse -que é insuportável, mas... tem uma parte pra quem leu que o pai dela, Ares,  conversa grita com ela que deu pena...
Pra quem leu: o que aquele lance que ocorre com Grover? ~casamento~
Eu não sabia se ria, ou ficava preocupado, rs.

Outra: Esse livro fica muito marcada uma coisa: AMIZADE!
Achei isso muito lindo mesmo, sabe?




Enfim, gostei mais que do livro 1, the lighting thief.
LEIAM! :))

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Em Busca de WondLa

  Primeiramente, gostaria de pedir desculpa aos leitores do blog pela falta de atualização. É que o fim de semestre ta aí, e fica complicado. Mas hoje venho falar de um livro que me ENCANTOU demais com sua simplicidade cativante!





  Em Busca de WondLa conta a história de Eva Nove, uma garota de 13 anos que vive em um Santuário subterrâneo. Sua única companhia durante toda a vida foi a robô Mater, que dela cuidava e a treinava, para que um dia pudessem ir à superfície e encontrar outros seres humanos. Todos esses planos vão por água abaixo quando uma estranha criatura invade e destrói o Santuário de Eva, fazendo com que a menina fuja e se perca de Mater. Sozinha na superfície de um mundo que não parece com a Terra sobre a qual ela aprendeu quando criança, Eva se vê livre pela primeira vez em sua vida - e isso a assusta.


O livro tem quase 400 páginas, o que parece meio longo para um infato-juvenil, mas eu não me importaria que fossem umas mil! A arte da capa e das figuras internas da obra são impecáveis, e dá pra passar horas só admirando as imagens. Além de tudo, em 3 páginas estão dispostas figuras especiais, que quando colocadas em frente à câmera do computador (no site do livro) permitem que o leitor veja por seus próprios olhos os ambientes que Eva Nove percorre em sua aventura.

  Simples, carismático e cativante, essa nem-tão-pequena obra tem mensagens lindas e que fazem refletir bastante, muito além de frases de impacto que podem ir para o Facebook. É com a ingenuidade e sagacidade típica das crianças que essa obra pode conquistar até mesmo os leitores adultos que souberam que sempre é possível aprender mais, e que os pequeninos, muitas vezes, tem muito a nos ensinar!

domingo, 18 de maio de 2014

Momento Musical: Drastic Fantastic, by KT Tunstall

Bom, hoje, venho compartilhar com vocês um pouco sobre o cd "Drastic Fantastic", da KT Tunstall.
Quem me conhece sabe que gosto/amo demais a KT, e que, com certeza, Drastic Fantastic é um dos meus cd's favoritos no geral.

(Aqui não terá nenhuma "análise profissional", como devo ter mencionado: são relatos de um fã, que adora esse cd.)

Bem, esse cd é o 3° da KT, muuita gente pensa que é o segundo, mas, pesquisem, entre o Eye to the telescope e o Drastic Fantastic, ela lançou o Acustic Extravaganza.

(Sim, o encarte do CD é TODO em HQ *----*)
E, na minha humilde opinião, o ritmo que a KT canta e toca não pode ser "definido", pois é muito ela. Entendem? É aquele tipo de música que a gente ouve e já de cara fala: É da KT.
EU AMO/ADORO todas as músicas dela, basicamente, rs.
Sou muito/muito fã dela *-*
Faixas do CD:
Little Favours <3
If Only <3 <3
White Bird
Funnyman
Hold On
Hoppless
I don't want you now
Saving my face
Beauty of Uncertainty
Someday Soon
Paper Aeroplane

trechinhos de algumas músicas:
Funnyman:
"Funnyman, will never be anything else.

Do you remember that night
When I had to play your angel
Saving your soul?
Even though you were holding on tight
Part of you was taken by your demons below


And with no more to lose
You said you feel like a bruise
On a beautiful body.
And all the damage you do
Is so honest and true
I don't wanna feel sorry for you"


Little favours:

"So take me far away
And hold me close to your heart
And do me just this little favour
For I do
Yes, I do love you."

sábado, 10 de maio de 2014

Mas não se mata cavalo?

Olá, pessoas, como vão?
Hoje, venho comentar sobre o incrível: "Mas não se mata cavalo?", de Horace McCoy.

É um livro curtíssimo, e que comprei essa semana.
E, confesso, eu já era doooido pra lê-lo.
(Caso não esteja enganado, vi um post no torpor niilista sobre este livro)

Bom, conta a estória de Glória Beatty e de Robert Syverten.
Encontram-se por acaso na rua.
E a descem juntos.
Mas não imaginavam que tão juntos e próximos seriam.
"Eu era o seu melhor amigo. O seu único amigo. Não pode dizer que ela não tinha amigos."
Página 9

Glória desejava ser uma artista, uma atriz; Robert, diretor de filmes.
Ela era muito, mas muito mesmo, fúnebre, depressiva, triste, e coisas deste tipo. Robert, nem tanto. No máximo, ele era um pouco "na dele".

Glória e Robert tornam-se amigos; ela decide por eles que vão participar de uma competição.
E participam...

Bom, eu super recomendo esse livro. É muito bem escrito.
MAS se você estiver numa fase "deprê-suicídio" acho melhor deixar pra depois a leitura deste livro.

domingo, 4 de maio de 2014

Por que ler YA's?

  Sendo bem direto, porque é um gênero literário tão digno quanto qualquer outro. Mas isso ainda não é justificativa suficiente. Mas vamos com calma: você sabe, exatamente, qual o pressuposto deste estilo? Vamos traçar um panorama geral do cenário literário aqui no Brasil? Então, vamos lá!


  Sabe-se que no Brasil, ainda lê-se muito pouco (embora se compre muitos livros). A triste realidade é que metade das pessoas que vivem enfurnadas em livrarias, principalmente o público mais jovem, gasta uma pequena fortuna em edições de luxo: capa dura, capa forrada, edição bilingue... Para, no final das contas, postar uma foto no Instagram e fazer uma resenha mentirosa em um blog e dizer que leu a obra. Os verdadeiros leitores são aqueles que, se a situação pedir, enfiam-se em sebos em busca de um exemplar, por mais velho que seja, daquele livro que procura. Não querendo desmerecer ninguém nem tornar ninguém melhor que ninguém, para quem realmente LÊ, as edições de luxo são isso: luxo. Se não forem uma opção viável, existem outras. Nada contra, eu mesmo ADORO e fico babando esses volumes lindos e, sempre que possível, desembolso um pouco mais do que deveria para comprar uma belezinha destas.
  O que acontece que, principalmente da faixa que vai dos pré-adolescentes até o os jovens adultos, a leitura tem tomado um caráter um tanto duvidoso. Parto do pressuposto que qualquer forma de leitura é melhor do que nada; mas existem casos e casos. O problema é que muitos ficam presos em um único estilo literário, e é aí que mora o perigo. Os livros conhecidos como young-adult são auto-explicativos: obras destinadas a pessoas na faixa do final da adolescência para o começo da vida adulta. O problema é que a grande maioria deles tem histórias mal elaboradas, escritas em pouquíssimo tempo, tanto que um autor chega a publicar um número assustador de livros por ano. Histórias rasas, personagens fúteis e páginas e páginas de esteriótipos sendo repetidos estupidamente. A pergunta, então é: Por que devemos ler YA's? Pois saiba, meu caro amigo, que lê-los é sim, necessário.
  Não que seja obrigatória a leitura de gênero algum. Mas para aqueles que querem tirar da leitura benefícios e lições importantes; para aqueles que querem parar para refletir, é recomendado que se leia de tudo. E isso inclui o estilo literário que aqui discutimos. Apesar de grande parte dos young-adults serem dignos de poucos méritos, existem muitos que valem a leitura. A narrativa nunca será tão elaborada quanto a de um Flaubert, nem trará reflexões tão profundas quanto um Tolkien, mas é aí que está: eles não são feitos para isso.


  A finalidade dos YA's é apanhar esse público jovem, que muitas vezes ainda não começou a se aventurar no universo da leitura, e cativá-los. É chegar no momento certo naquela fase da adolescência cheia de crises existenciais e dúvidas, medos e ansiedades, e dizer: você não é o único assim, e isso não é um bicho de sete cabeças. Seu objetivo é cativar grupos de leitores e fazê-los se sentir acolhidos nos livros. Mas, dentro dessa zona de conforto, os bons livros estimulam, mesmo que sutilmente, ou de maneira superficial, o senso crítico do leitor. E assim, aos poucos, os jovens vão avançando em leituras cada vez mais complexas e menos enfeitadas. Mas porque, afinal de contas, aqueles que já passaram dessa faixa etária devem ler tais livros?
  Ora mais, porque nós não sabemos de tudo, e nunca saberemos. E por mais velhos que sejamos, por mais cultos e bem informados, sempre haverá uma parte de nós que é insegura, sempre haverão dúvidas aparentemente bobas em nossa cabeça; sempre teremos como amadurecer em algum aspecto. Portanto, sempre haverá uma parte daquele adolescente vibrante dentro de nós, porque é justamente essa parte de nós mesmos que estimula nossos sonhos e esperanças, mesclados então com o bom-senso adquirido (ou não) com a idade. Porque nunca passa a idade de nos abrirmos para ideias novas, para enfrentarmos antigos medos que nunca sumiram e para descobrirmos que ser jovem é um estado de espírito, e não uma idade. Me desculpem os clichês, mas é verdade. E tudo isso sem contar a desconcentração, o bom-humor e os instantes de entretenimento quase ingênuo que esses livros podem nos proporcionar. 
  Vale ressaltar que ler YA's é saber o que a grande maioria dos jovens atualmente está pensando. É conhecer a juventude da época, esteja ela crítica e reflexiva ou terrivelmente alheia a quase tudo. É, além de tudo, se renovar. É exercitar seu próprio senso crítico, ser jovem de várias épocas. 
   Eu mesmo falo isso como se fosse muito velho. Mas acho que esse é um exercício que todos deveríamos fazer: exercitar nossa mente alguns anos para frente, e preservar as qualidades mais importantes da nossa juventude.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

The Lightning Thief, Rick Riordan

Olá, leitores!
Hoje, venho comentar a respeito de "The Lightning Thief", de Rick Riordan.

Bom, esse é o primeiro livro que leio em inglês *---* (Sim, alegria múltipla por isso, rs.)

Enfim, o livro.
Eu, antes, não sentia vontade de ler Percy Jackson, e tals. Não nego. Achava que seria beeeeeeeem fraco -e/ou chato.
E eu e o Victor já tínhamos o box em português, mas como estou aprendendo (ou, pelo menos, tentando aprender) inglês, comprei o box em inglês.

Li o primeiro.
Gente, sério: QUE LIVRO LEGAL!
Olha, não sou de curtir livros infantis/infanto-juvenil/ E principalmente Y.A., mas gostei muito desse.

Não achei a estória forçada, pra um infanto-juvenil; curti a escrita do autor.
Não sei se cheguei a "me apegar" a algum personagem, mas...

Percy Jackson, 12 anos, "menino-problema", trocou de escola 6 vezes, em 6 anos; teoricamente, disléxico.
Sua mãe é um amor. De verdade.
Outro ponto bem bacana no livro é o amor que Percy tem por a sua mãe, e ela por ele. Fica claro em vários trechos a saudade que ele sente pela mãe -e a raiva que sente pelo padrasto.
"She oppend the bedroom door, and my fears melted." página 32

Um belo dia, ele vai a um passeio escolar e uma "professora" tenta matá-lo.
Mas... há algo de mais errado nisso.
Ela não era humana.
E depois, ele descobre não ser um também.
Ele é um Meio-Sangue. Filho de um Deus com uma humana -ou poderia ser o inverso, uma Deusa com um Humano. É o caso de Annabeth.

Eu recomendo a leitura deste livro.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

Agatha Christie - Assassinato no Expresso do Oriente


Resolvi me aventurar com uma autora que por muito tempo reneguei, sem motivo certo. Talvez com medo de encontrar algo super-valorizado; provavelmente com receio de encontrar apenas mais do mesmo. Eis que, finalmente, tomei a decisão de encarar de frente um romance de Agatha Christie, e descobrir por conta própria a veracidade do título de Rainha do Crime. Embarquei com Hércule Poirot e uma dúzia de misteriosos passageiros no famoso Orient Express, pronto para me envolver com o mistério.


De romances policiais, tudo que eu havia lido até ano passado se resumia a alguns dos romances e contos de Conan Doyle. O fato de ter começado pelas histórias do detetive mais famoso do mundo me fez encarar os outros romances do gênero com poucas expectativas. Finalmente, resolvi dar uma chance a algum outro autor, quando Rowling lançou "O Chamado do Cuco". Embora não tenha sido este seu melhor trabalho, foi o bastante para me convencer e me entreter; e o toque de humor ácido da autora faz qualquer um de seus livros valerem a pena.
  Ao ler "Assasinato no Expresso do Oriente", confesso que fui surpreendido. Fui ao livro sem grandes expectativas, mas o final realmente me surpreendeu (embora tenha achado um ou outro ponto meio forçado). Entretanto, fora algumas (muito) boas frases de impacto, a história não me proporcionou muito mais do que um bom mistério e algum entretenimento. Talvez seja um mal comum ao gênero; talvez não. Confesso que tenho muita vontade de ler um romance policial, que tenha uma boa trama perpassando o mistério central. Personagens bem construídos, histórias subjacentes bem exploradas; acho que o romance que mais me proporcionou essa experiência foi "O Chamado do Cuco", embora sem dúvida nenhuma meus favoritos são os das aventuras de Sherlock Holmes.
  A leitura do romance é super rápida, e se você tem a curiosidade aguçada, talvez termine o livro ainda mais rápido. A narrativa de Agatha Christie não é ruim, mas flui talvez rápido demais, com muitos diálogos e foco total na trama a ser desvendada. Como ponto a seu favor, posso citar o carisma dos personagens e o mistério bem construído.
Não quero dizer que qualquer um é capaz de criar um bom mistério, mas na minha opinião, esse deve ser o elemento básico de todo o romance policial. Portanto, aqueles que se atém unicamente a isso acabam, ao meu ver, se tornando apenas um em tantos outros. Claro que uma narrativa bem feita, mesmo que simples, como é o caso de "Assassinato no Expresso do Oriente" é de suma importância para uma leitura agradável, mas o que procuro é um diferencial, um bom drama como plano de fundo, um mergulho mais profundo na natureza dos personagens e, claro, um mistério bem elaborado.

  De qualquer maneira, a leitura foi agradável e divertida. Se tivesse de dar uma nota, de zero a dez (o que não gosto de fazer), creio que ficaria na média, com decentes 7 pontos. Indico o livro para quem procura divertimento e um pouco de mistério, mas não está na minha lista de "leituras obrigatórias". A rainha do crime, afinal, talvez seja apenas uma duquesa.

domingo, 20 de abril de 2014

O Colecionador - John Fowles


 Olá, como estão?
Hoje, venho comentar sobre o que achei do livro O Colecionador, de John Fowles.

Primeiro: Este livro é Fod@.
5 estrelas, sem dúvidas. (no máximo, a segunda parte do livro que, na minha opinião, arrasta-se muito, mas...)
Enfim, vou ao enredo.

Um pobre funcionário municipal -daqueles que você nem notaria- tem uma paixonite -na verdade, esse diminutivo não poderia nem ter sido cogitado em estar aqui-, ou melhor, uma "Cegueira" por uma mulher, chamada Miranda.

Ele é um colecionador de Borboletas.

Ele ganha um dinheirão, certo dia. Acredita que, com isso, Miranda irá querer ter algo com ele. -Principal detalhe: ela nem o conhece. Mas ele a conhece bem mais que um limite seguro e necessário.

São diferentes. Culturas, pensamentos, pessoas, enfim... Quase, para não dizer, literalmente, de mundos diferentes.

Ela é mais socialista; meio "cult". Ele, realista; Agora, uma pessoa que está rica.

Procura. Analisa. Investiga. Dias e dias. Melhor local, hora, e data... para sequestrá-la.

Enfim, vou parar por aqui -medo de dá spoilers, pois sei que muitos não gostam.
MAS RECOMENDO DEMAIS este livro. Sério. 'Cês não tem noção.
o Final desse livro é a coisa mais surpreendente.
É um daqueles finais que ao ler você se pergunta: Eu li isso mesmo? 0-0 Li 0-0.

Esse livro é baratinho em sebos, então, gente, estão esperando o quê para lê-lo?

sexta-feira, 11 de abril de 2014

TAG: Livros & blablabla

Olá, hoje estou aqui para responder uma TAG que vi no Tiny little things, e achei bem interessante.
Eis o vídeo da Tati: https://www.youtube.com/watch?v=nDHmj80hrlg

A TAG divide-se em 10 perguntas, e vamos respondê-las ;)
1. Você já leu algum livro que mudou sua maneira de ver o mundo?
Italo: Creio que todos os livros tem essa função... Mas Ler Paulo Coelho no meu início de adolescencia fez uma diferença, sim, no meu crescimento como pessoa. O "A redoma de vidro", Os livros do Jorge Amado também foram bem importantes.
Victor:
Vários. Mas entre os primeiros que li, e que mais me marcaram, posso citar Harry Potter; Trilogia Fronteiras do Universo, Uma Vida, etc.

2. Você gostaria que seus diários (ou suas memórias - para quem nunca escreveu um diário) fossem transcritos em um livro e publicados?

Italo: Deus me defenda.
Victor: Já pensei que sim, hoje provavelmente não. No máximo, uma autobiografia disfarçada de romance, mas não sei.

3. Qual é o seu maior medo no universo literário?
Italo: Que as pessoas não leiam.
Victor:
Que o George Martin morra antes de completar Crônicas de Gelo e Fogo D:

4. Qual livro você leu e gostaria de ler novamente?

Italo:
Tantos...  A hora da estrela, Crepúsculo(A série toda), todos do Paulo Coelho, Todos que lido Jorge Amado, Belle, ai, tem muito mais.
Victor:
Tantos... Já reli muito Harry Potter. Algunas YA's já li mais de uma vez. Mas no momento, estou com vontade de reler a Saga da Herança.

5. Você considera algum livro da sua coleção como um troféu? (Foi difícil de conseguir ou foi uma conquista, um presente de alguém muito querido... etc.).
Italo: O Crepúsculo, pois foi o livro que ganhei no primeiro encontro com o homem da minha vida <3 E sem dúvidas duas que tenho muito orgulho e que tenho quase todos os livros do Jorge Amado, e quase todos do Paulo Coelho. Meus livros da Cassandra Rios. E meu box de colecionador do crepúsculo, pois o comprei com meu primeiro salário como professor ;)
Victor: Presente, tenho vários que meu amor me deu, mas tenho um carinho especial por uma versão de Madame Bovary que tenho na minha estante... Meu box de Crônicas de Gelo e Fogo pocket também. 


6. De qual festa ou comemoração que aconteceu nos livros que leu gostaria de ter participado?
Italo:
Alguma que tinha a Bridget Jones <3
Victor: Nossa... Acho que o sonho de qualquer um que cresceu lendo Rowling é participar de uma festa no salão comunal de Hogwarts.

7. Você já sofreu algum tipo de bullying literário por causa de alguma obra que você gosta?

Italo:
Claaro que sim, rs. Adoro Paulo Coelho, e Clássicos, e leio o que quero.
Victor: Já discuti com muitas pessoas, mas eu geralmente não ligo. Leio o que gosto, e se quiserem questionar, tenho bons argumentos para defender o que leio. E ninguém tem o direito de meter o bedelho nas leituras de ninguém.


8. Você já participou ou conhece algum grupo de leitura?
Italo:
Participo, sim, do clube "Blogueiros que retribuem *-*" lá é bem legal e o legal é que por ser no máximo 20 pessoas, dá pra todos manterem-se atualizados e debatendo.
Victor: No sentido de clube do livro, não exatamente, ou ativamente... Já participei de um grupo no Facebook de Clube do Livro, já criei um Skoob, mas fora isso... Não. 


9. Se você tivesse que dividir sua alma em 7 livros, quais seriam?

Italo:
Eu, creio que, dividiria em "Tereza Batista" - Jorge Amado, Onze Minutos - Paulo Coelho, The Bell Jar - Sylvia Plath, Bridget Jones (a série) - Helen Fielding, As mortes e o triunfo de Rosalinda - Jorge Amado, O Evangelho segundo o espiritismo - Allan Kardec, E em meus livros de Sociolinguistica/dialectologia/fonética e fonologia.
Victor:  I see what you did here. E para os que também sabem, a resposta é clara. 

10. Se você tivesse o poder, qual personagem de qual livro mudaria, ressuscitaria ou faria desaparecer?

Italo: Eu iria ressuscitar a Macabéa de "A hora da estrela". Macabéa <3
Victor:
Metade dos personagens de Crônicas de Gelo e Fogo eu ressuscitaria. A outra metade, deixaria o George Martin desaparecer com eles.

Bom, vamos Taggear todos os participantes do Grupo mais lindo: Blogueiros que retribuem *-* <3
A Val linda amor do torpor niilista <3
o blog(ou se ela quiser responder no Vlog) da Nessa <3 que é o Leitura em foco

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Momento musical: Marina and the Diamonds e a saga de Electra Heart

Surgida das profundezas da música indie, a cantora britânica Marina Lambrini Diamandis (conhecida pelo seu nome artístico Marina and the Diamonds) criou muita polêmica entre seus fãs com o lançamento de seu segundo álbum de estúdio, intitulado Electra Heart. Muito mais pop que qualquer produção anterior da artista, o CD aparenta ser fútil, com refrões chicletes e feito para vender; e, de fato, alcançou um sucesso muito maior que seu antecessor, The Family Jewels. Mas o verdadeiro valor do álbum encontra-se nas críticas cheias de ironia e sarcasmo que Marina domina com maestria, e que acompanham-na desde o começo de sua carreira. 
  Como há muito a ser dito, atenho-me aos vídeo-clips que foram produzidos de uma maneira cuidadosa e brilhante. Apresento-vos a saga de Electra, uma mulher que fez de tudo para alcançar o que queria, e pagou o preço por isso.


  O Início ♥

  Fear and Loathing e Radioactive são os singles que anunciam o prólogo do nascimento de Electra Heart. No primeiro vídeo, vemos Marina com seu cabelo original, moreno, cortado bem curto. A música fala sobre mudanças, sobre uma sensação de angústia que sufoca; e o desejo de se ver livre e sentir-se novamente leve. A melodia brinca muito com os contrastes, sendo em partes muito pesada, e em outras mais sútil. Canta-se sobre o desejo desesperado de se superar os medos e os erros do passado para que se possa viver a vida. É uma canção de autocomiseração, sobre o desejo da libertação.
  Radioactive dá sequencia à trama nos apresentando Marina, agora loira, fazendo as malas e partindo de carro sem rumo. Com seu inconsequente companheiro, ela parte em uma viagem sabática e esquece de levar o bom-senso na bagagem. Num ritmo cheio de energia, a cantora declara que se apaixonar é seu maior medo, e que agora seu sangue pulsa como que radioativo em suas veias. O terreno seco que era seu coração agora pulsa, berço fértil que acolhe as mais inusitadas emoções. O terreno está preparado para o nascimento de Electra Heart.

*****

  Como não quero me estender muito para não deixar o post grande demais, mas como também não quero fazer algo muito superficial, dividirei esse texto em algumas postagens. Espero que até aqui, eu tenha consegui atiçar a curiosidade e dar um gostinho do que está por vir. Quem ainda não conhece os trabalhos de Marina and the Diamonds pode aproveitar para descobri-lo; e aqueles que já são fãs podem interagir deixando suas opiniões e interpretações. No próximo post, falarei de The Archetypes e Primadonna, e já deixo os links nessa postagem, para irmos entrando no clima; pois estamos prestes a presenciar o nascimento de Electra Heart.

domingo, 30 de março de 2014

Selvagens - Don Winslow

Bom, venho comentar sobre o super, rápido, e sem fôlego "Selvagens", de Don Winslow.

Primeiro, preciso dizer que este livro é: 5 estrelas, caso você goste de emoção, ação.

Bom, vamos ao livro:
Ben. Chon. Ophelia, ou melhor, O.
Não a Ophelia de Shakespeare, nem a O. de Story of O.
O.

Ben e Chon, amigos, muito amigos, resolvem abrir um negócio lucrativo:
Vender a melhor droga. A melhor maconha. Uma especial e que os tornem ricos.
Dá certo.
Conseguem.
(gostaria de avisar-vos que o livro não fica fútil por conta disso; não julguem.)

O. meio viciada em sexo. Super apaixonada por seus dois homens: Ben e Chon.
Namoram os três.
Os três se amam.
Como diz, e pensa, O.: "Melhor mais amor que menos amor".
Um triângulo em que os três são um.
Sim, cada um é parte vital do outro.
Completam-se a partir de suas diferenças.

O. é a força e fraqueza dos dois.
Elena, A Rainha, sabendo disso a sequestra e os obriga a trabalharem para ela. Ou que eles deem uma quantidade "x" em dinheiro.

O livro começa a ficar mais emocionante.
pois:
"Chon divide o mundo em duas categorias de pessoas:
Ele, Ben e O.
Todo o resto.
Ele faria qualquer coisa por Ben e O.
Por Ben e O.  ele faria qualquer coisa a Todo o Resto.
Simples assim."


Enfim, acho que todos devem lê-lo!
Aliais, a Val do torpor niilista (beijão, sua linda <3) fez um post bem bacana sobre este livro, eis o link: Aqui

domingo, 23 de março de 2014

Dias Pássaros - Stella Leonardos

Um livro rápido e com ritmo de doce poesia, quais as páginas são tão gostosas de ler que tornam a leitura aconchegante e altamente emocional. Stella Leonardos nos apresenta, com grande maestria, o romance Dias Pássaros, um toque de poesia na literatura frenética dos últimos tempos.


  Athena é uma jovem que protagoniza esse curto e singelo romance. É ela que, nas mãos de Stella Leonardos, trará, em poucas páginas, um pouco mais de romantismo para os leitores. Há muito que dizer sobre o livro e sua protagonista, porém o melhor é deixar aqueles que quiserem dar uma chance à obra fazerem isso sem o desprazer de ter uma bela história estragada por uma indigna sinopse. O que registro aqui então, a título de curiosidade para eventuais leitores e como mera informação para aqueles que não são romanticos o suficiente para ter a coragem de ler o romance; o que tenho para lhes oferecer aqui é um pouco das minhas impressões.
  Que o prefácio e a dedicatória são partes possíveis de um bom livro, todos sabemos. Alguns poucos, aqueles mais audaciosos, se dão ao trabalho (e ao muitas vezes gratíssimo prazer!) de ler todos os elementos que antecedem a história propriamente dita. Neste caso, prefácio e dedicatória não complementam apenas o livro, mas também o romance em si. Escritos na forma dos dois primeiros capítulos da história de Dias Pássaros, esses curtos textos dão uma prévia da atmosfera agridoce que paira sobre as 121 páginas.


  Procurando evitar descrições desnecessárias e infiéis, posso dizer que a trama é cativante desde o começo. Em geral, preciso de um livro que me ocupe um certo tempo de leitura, porque só consigo me cativar por personagens que se demoram um pouco mais na minha frente (por isso mesmo gosto tanto de séries, inclusive). Em todo o caso, Athena e os que a acompanham me venceram de primeira. 
  Vale dizer que o reduzido número de páginas é proposital, e traz encerrado em si mesmo o próprio significado do título e da obra: os dias passam rápido, escorrem pelos nossos dedos feito pássaros. Se passaram como corvos ou beija-flores, depende apenas de nós. Dias Pássaros é uma obra delicada e extremamente significativa, que nos convida a viver a vida; e o que estamos esperando?! No alvorecer os pássaros despertam; não podemos deixar que seu voo passe planando despercebido até o repouso noturno sob uma árvore qualquer.