domingo, 26 de janeiro de 2014

Autores que nunca lemos: Amadeu Ribeiro e Paulo Coelho

  Bom, eu e o Victor, conversando sobre o blog, e tudo o mais, pensamos n'uma coisa:
  Selecionaremos cada mês, ou um autor, ou estilo, ou gênero, ou título, enfim, algo assim, que não lemos ainda. E faremos um post aqui.
Esse mês, por conta de nossas leituras -ótimas, diga-se de passagem- falaremos sobre dois autores.
Eu, Italo, nunca tinha lido livros espíritas do Amadeu Ribeiro;
  E o Victor nunca tinha lido Paulo Coelho (depois de eu muuuito insistir com amor e carinho, ele leu, rs, e adorou <3)



  Bem; Agora as impressões sobre os dois livros:



  A visita da verdade - Valéria, moça ambiciosa, apesar de sua origem humilde, procura decidida e loucamente um marido que tire-a daquele "fim de mundo".

  Ela sempre mostrou-se querer ser "melhor que todo mundo".
  Numa festa de sua cidade, ela encontrou Felipe, e "o seduz", ele fica doido de amores e volta para buscá-la. (Claro, ele é muito rico.)
  Casaram-se, e tiveram 4 filhos. Sua sogra reclamava muito, pois, na sociedade em que ela frequentava agora, não é comum ter muitos livros.
  Com o passar dos anos, Valéria piora sua ambição. Ela alegra-se com o falecimento do sogro, porque ele deixa tudo para Felipe.
  Ícaro, seu filho mais velho, desde cedo, mostra-se uma pessoa caridosa. Seus irmãos  Sidnei e Kennedy são os mais mimados.
  Valéria pensa que manda nos seus filhos e na vida deles; por conta disso ocorrem muitos problemas.
  E, tem a fofa Tereza, que é uma empregada/governanta muito atenciosa, carinhosa e uma pessoa cheia de paz/luz.
  Tereza, com toda paciência, mostrará para Valéria que ninguém manda na vida de ninguém. Que ambição, muitas vezes, corrói a pessoa.
  Bom, achei um livro muito bom. Tem temas polêmicos dentro desse livro como: Homossexualidade, Casamento por dinheiro, relacionamento de pessoas mais velhas com pessoas mais novas.
Tudo isso bem escrito, super recomendo ;)


  Bom, o autor que resolvi ler pela primeira vez para esse post foi Paulo Coelho. Apesar de tantas críticas e das opiniões divergentes que já ouvi sobre ele, resolvi dar um chance aos seus livros, porque, além de tudo, o Italo fala muito bem deles e resolvi experimentar.
  Resolvi conhecer a literatura desse autor por "O Demônio e a Srta. Prim", e eu não posso negar que, como muitos dizem, o estilo das estórias de Paulo Coelho realmente lembram as do escritor americano Richard Bach; entretanto, elas conservam um toque e um estilo únicos do autor, sendo impossível, na minha opinião, confundir a autoria de um de seus livros.
  O livro é cheio de reflexões, porém não se limita a quotes que podem ser facilmente reproduzidas num tweet (as vezes parece que muitos escritores produziram suas obras pensando em frases marcantes de até 140 caracteres). A verdade é que após a leitura, você não apreende instantaneamente tudo que o autor quis passar. É necessária uma reflexão posterior para se assimilar tudo que foi passado. Não digo com isso que é um livro de difícil leitura, pois está muito longe disso; o que quero dizer é que não é como certos livros que se encerram na última página. Uma boa obra é aquela que vai além do epílogo, e que permanece viva na mente do leitor. E Paulo Coelho com certeza consegue produzir obras com essa qualidade.
  Embora eu não concorde completamente com todas as """"""lições"""""" que permeiam o livro, é sempre instrutivo ler coisas com as quais não concordamos ou não entendemos, pois sair da zona de conforto, às vezes, e pensar em assuntos talvez até mesmo desagradáveis é essencial para manter a mente aberta e desenvolver o senso crítico, ao mesmo tempo.
  O suspense psicológico é a atmosfera que permeia "O Demônio e a Srta. Prim", aguçando a curiosidade do leitor e fazendo com que virar cada página seja uma experiência deliciosa. O autor me cativou, tenho que confidenciar isso, e logo lerei outros de seus livros. Indico a leitura, pois é rápida, interessante e relevante. Paulo Coelho me fez rever conceitos e reafirmar alguns outros. Dê uma chance você também ;)

domingo, 19 de janeiro de 2014

Crônica ~ Impessoal

    Antes de escrever, é imprescindível despir-se, e é o que faço. Dispo-me de meus preconceitos, de meus medos e até dos meus próprios conceitos. Com um gesto, livro-me do mundo exterior, como quem joga uma camisa suada dentro do cesto. Retiro as camadas de minha pele peça por peça, até ser somente músculo e sangue pulsante – o coração para avivar os textos que se seguirão e o sangue para fluir as ideias. Reduzo-me ao mínimo da matéria para transbordar em essência... Essência, essencial, alma viva que persiste fora da carne, nas páginas pálidas ou um tanto pardas – tenho uma queda especial pelas pardas, pois não contrastam com o impresso negro que lhes imprimi. Pois o meio não deve contrastar com o conteúdo, porque é nas páginas que vivem as ideias, e estas devem acolhê-las confortavelmente e acolher também o leitor, e não despejar os parágrafos numa súbita torrente sem controle de fluxo.
    Mas voltemos ao ato de despir-se. Ritual esse tão erótico, é verdade – tão simbolicamente erótico que excita-me a inteligência e me vejo consumido pelo desejo da mente criativa fervilhante. É necessário livrar-se do supérfluo, dos sons do exterior, do mundo exterior – do exterior do próprio âmago do ser, reduzindo-se a quase nada. Pois quem sou eu? Eu não sou, então. Eu não sou assim como Clarice – ou digo Rodrigo? Ah, que importam nomes, se ambos de fato não são? Eu reitero: Não sou, assim como também não foram. Embora “ser” ainda evoque uma imagem existencial demais para algo que simplesmente não é. Livra-se, então – e nota-se que já me despi da primeira pessoa – do básico; os pensamentos já atualizados, as ideias mais anciãs – afinal ideia não é massa mas todo mundo sabe que nada de bom se faz com pão dormido. De que serve conhecimento e estudo acumulado, se já não há mais mundo, se já não há mais ser? De que serve qualquer elemento, concreto ou abstrato, quando se tem pela frente a imensidão branca – não: quando se tem pela frente a imensidão parda que nada contém? Nunca vi de fato – juro por; pelo quê? Pelo que juro se não há nada? Apenas juro, então, se isso vale de alguma coisa – juro que nunca vi uma flor tão bela que parecesse mudar o tom de sua coloração de acordo com a luz incidente, que exalasse um aroma inebriante doce como mel e ácido como o fruto do limoeiro, que crescesse sozinha no meio da relva baixa e parecesse tão frágil quanto absoluta em vida e esplendor. Juro que nunca vi tal coisa, nem absolutamente nada semelhante, mas conheço a essência e sobre a essência sei escrever. E se o senhor ou a senhora, que imagino também não terem conhecimento de tal elemento da natureza; se os senhores tomam conhecimento do que escrevi e podem ver a flor, tocá-la e sentir seu cheiro, só são capazes pois conhecem a essência. O que – desculpem-me, não quero desvalorizar ninguém – não é mérito nenhum, pois tudo e todos têm conhecimento da essência, pois a essência é a única coisa que realmente é – e portanto a única coisa que está. Está onde? Em tudo que não é.
    Nesse ponto, se se despiu corretamente, não deve haver mais dentro ou fora, exterior e interior não dever ser mais signos, pois não há “ser-parâmetro” para delimitarem-se fronteiras. Não deve haver mais nenhum signo, na verdade. Deve-se construí-los. Com o quê? Só é possível construir algo pelo intermédio de algo outro. E como não há algo algum, deve-se então criá-los. E criar não necessita do “haver” prévio de nada.
    É então que se escreve. Apenas não sendo pode-se criar um mundo inteiro de seres. Pois se perguntarem-me a autoria de um texto meu, direi que o texto se escreveu. Afinal, o que é o autor? O autor é um ser cruel e imoral, é um deus grego que criou o mundo e exige sacrifícios. É, portanto, melhor se o autor não existir. Existe apenas o texto por ele só, e este não só se basta como se completa. E há então o leitor, o destinatário final do texto. E o leitor, por sua vez, para fazer valer todo esse ritual simbólico, deve também despir-se antes de mergulhar no novo. Mas ai é com os outros e já não mais comigo, e nada posso fazer sobre isso, e portanto nada mais interessa ser dito.

Victor Comenho, 15/06/13

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Kill Bill (Vol.1 e Vol.2)

O post hoje será dedicado a um filme SENSACIONAL! Ou melhor, dois filmes sensacionais: Kill Bill Vol.1 e Kill Bill Vol. 2!
Esses filmes eu já tinha assistido há bastante tempo -e tinha adorado estes filmes.
Um belo fim de semana, estávamos eu e o Victor fazendo mais uma maratona de filmes, e assistimos aos dois filmes.
Quando os filmes acabaram ficamos um encarando o outro e querendo gritar: "PQP, que filme demais."

Como muitos pensam e chamam, a personagem da Uma Thurman não se chama Kill Bill. O nome da personagem é Beatrix Kiddo! A melhor personagem dos filmes, diga-se de passagem <3
O nome dela não aparece no primeiro filme. Você só descobre no filme dois que a "Kill Bill" chama-se Kiddo.

Breatix Kiddo era uma "matadora particular", trabalhava para  Bill -que era seu Affair.
Acontece que Kiddo engravida dele, e sabe que ele "não a deixaria ser mãe", e, ela, decide fugir para uma cidade distante e casar com uma pessoa de vida pacata e normal e esquecer seu passado.
Acontece que Bill não deixa barato. E leva sua "gangue", E no dia do ensaio do casamento eles mataram 9 pessoas. Cometeram o maiores dos erros. Deveriam ter matado 10.

Kiddo entra em coma, e Elle -sua inimiga, então- tenta envenená-la. Mas não faz isso.
Ela acorda um dia. E desconta a fúria de uma mulher, assassina, que quase foi assassinada.
Faz uma listinha com nomes, e vai matando-os de um por um.

O filme não segue uma ordem cronológica, às vezes, mas, isso é um fator que ajuda mais ainda no clima do filme.
Outra coisa é que a trilha sonora é muito boa.
As músicas escolhidas para o filme combinam com ele de uma forma mágica.

Essas são as impressões que tive sobre os filmes.
Por favor, não sou crítico de cinema, nem coisa do tipo. Como já sabem, não curso cinema, nem nada disso.
Apenas assisti a esses filmes, e vim compartilhar minha opinião.
SUPER RECOMENDO!

sábado, 11 de janeiro de 2014

Novidades no blog + TAG ;)

Bom, esse post é pra explicar mais ou menos algumas mudanças -positivas, diga-se de passagem- pelas quais o blog está passando ;)
                                            

Comentaremos agora, em post's, e na page( link aqui), e no Instagram (já conhece o Instagram do Incriativos? Faça uma visita aqui ) sobre música, seriado, filmes, e, sobre livros/disciplinas que tenham a ver com a nossas respectivas áreas, Eu -Italo- em Letras Português/Literatura, e o Victor, em Jornalismo.



Não haverá um dia "x" pra falar de assunto "x", será bem aleatório.
às vezes, como já expliquei, falaremos sobre música, outro dia, faculdade -e coisas a ver-, outras vezes, post sobre nossas leituras, e também sobre filmes e seriados; Ah, e mais uma coisa, farei mais post's sobre Literatura Espírita - Não, não serão debates religiosos, por favor, não quis, nem quero isso, simplesmente são livros que leio, gosto, e quero postar sobre eles.
E, outra é que o Victor postará os textos dele aqui também. Pra quem não sabe, ele escreve -e diga-se de passagem, MUITO BEM <3



TAG
Desafio de Férias que consiste em:
             Escolher uma quantidade de livros para ler entre os dias 18 de dezembro e  5 de fevereiro, tem que ser no mínimo 5 títulos, nunca abaixo disso.
  • Citar quais livros escolhidos [poste a lista]
  • Fazer a postagem dando início ao desafio e no último dia, fazer outro post anunciando se conseguiu ou não realizar a meta.
  • Indicar [e avisar] 6 blogs para realizarem o Desafio.

    Bom, quem nós indicou foi uma querida amiga, a fofa Valéria, do torpor niilista <3
    Bem, a lista de livros:
    Italo


    Sim, Lerei John Green, apesar de não gostar.
    E, darei mais uma chance a On The Road.

    Victor


Blogs que indicamos:
balanço nas estrelas
leitura em foco
realidade caotica
ária books
blog prefácio
literalizando sonhos

Boa Leitura a todos!!! E acompanhem o Incriativos ;DD


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Entrevista com Rose Elizabeth Mello

Rose Elizabeth, que é grandiosa, sem aceitar isso, ou melhor, sem se exibir. Escreve como grande escritores, sendo jovem na arte. Suas palavras são lindas, confortam e trazem ensinamentos, não como refúgio, mas como uma ferramenta para o operário. Pois o que ela escreve não nos ajuda a fugir, mas nos incentiva a lutar, a trabalhar; não ter medo da vida, mas sim, aprender e gostar de viver. Humilde, sincera, engraçada. Escritora, e como se não bastasse escrever, é graduada e pós-graduada em Designer de Interiores. Essa é a Rose Elizabeth Mello!



Entrevista com a escritora Rose Elizabeth Mello ;)


1° Quando começaram seus estudos sobre o espiritismo?

R. Foi em 1983. Perdi meu pai ainda novo, aos 52 anos, em um acidente de carro dias antes do Natal de 1982, uma época onde a dor de qualquer perda torna-se maximizada. Logo nos primeiros meses do ano seguinte, li pela primeira vez um romance espírita: “Entre o Amor e a Guerra” da fantástica Zibia Gasparetto. Após esse livro, passei a estudar a doutrina, que sigo e ainda estudo hoje. Lá se vão 31 anos de uma vida que, com esses novos conhecimentos, tornou-se muito mais leve, amorosa e feliz. Conheci o mundo espiritual através da dor, mas hoje sei como é possível conhecê-lo através do amor.

2° De que se trata o livro e qual sua inspiração?

R. O livro faz uma abordagem sobre as oportunidades que temos,  sempre, de escolher que caminhos iremos percorrer durante a vida. O que chamamos de “livre arbítrio”.  As escolhas certas abrirão novos e promissores caminhos, e as erradas podem se tornar um entrave a ser superado. Nós temos o poder da decisão.

3° Como você acha que seu livro ajudará as pessoas?
R. Através de meus livros procuro ajudar o leitor a fazer uma reflexão sobre o tema e sua influência na vida de cada um. O estudo sobre o plano espiritual, das muitas vidas que vivemos e dos mundos diversos que habitamos, me abriu um horizonte maravilhoso e foi decisivo para que eu pudesse ver sentido em coisas que antes me pareciam absurdas e inadequadas. Mas aprendi que tudo está certo, exatamente como deve ser, e quando compreendemos isso, alcançamos uma paz fundamental para seguirmos com serenidade nosso cotidiano. Quero compartilhar com os leitores esse mundo que venho descobrindo a cada dia. Ser feliz no bem, no amor, ser uma pessoa melhor e em sintonia com as melhores energias é a meta. Qualquer outro tipo de felicidade é ilusória e efêmera.

4° Quanto tempo levou para ser escrito?

R. Cinco meses e meio.

5° Qual foi a parte mais difícil, e a que você mais gostou, de escrever?

R. A mais difícil sempre é a despedida (risos). São meses convivendo diariamente com personagens que tornam-se meus amigos. Suas vidas, cada vitória ou cada derrota, são acompanhadas por mim com emoção porque eles adquirem vida própria. Alguns deixam muita saudade. Escrever tem um significado para mim que não consigo dimensionar. Sou muito feliz por ter, em meu trabalho, um dos maiores prazeres de minha vida. Por essa razão, gosto de cada momento do desenvolvimento de um projeto. Choro mesmo, dou risada, sinto uma grande responsabilidade, mas também, uma grande alegria.
 
6° Como você notou que é uma escritora? E qual a sensação de ter livros publicados?

R. Notei no exato momento em que terminei meu primeiro romance. Estava feito! E eu queria mais, me aprimorar, me dedicar, estudar e aprender a fazer cada vez melhor. Foi uma felicidade indescritível e a certeza de que era tudo o que eu queria fazer. A sensação de ver meu trabalho publicado é algo que ainda estou assimilando. Só posso dizer de imediato que estou realizando um de meus maiores sonhos e conquistando um grande objetivo. E digo sem medo de errar para todos, que não desistam de seus sonhos, que lutem e trabalhem com seriedade e dedicação para alcançá-los. É muito provável que encontrem obstáculos, talvez tenham que mudar a estratégia, recuar um pouco, ter paciência. Mas se é algo bom e que vem do fundo de suas almas, perseverem. A melhor fruta raramente está no chão, e dá trabalho pegá-la, mas o sabor no final valerá todos os esforços.

7° Por que dentre tantos assuntos, escolhestes o espiritismo para escrever sobre?

R. Aconteceu naturalmente. Aprendi muito lendo os romances espiritas e sempre tive sensações maravilhosas ao término de cada um deles. Depois, com o estudo dos livros de Allan Kardec, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco fui me envolvendo cada vez mais. Um dia acordei, simplesmente sentei no computador e iniciei meu primeiro romance. Fazer uma obra literária de qualidade e poder, através dela, além de momentos de entretenimento, transmitir uma boa mensagem aos leitores é uma grande felicidade.

8º Como está sendo o suspense sobre a publicação do livro?
R. Existem boas editoras de livros espíritas e espiritualistas no Brasil, mas por ser  grande admiradora há muitos anos da senhora  Zibia Gasparetto, desde minha primeira produção meu maior desejo sempre foi ter minhas obras publicadas pela Editora Vida&Consciência. E hoje, fazer parte dessa equipe incrível ao lado de Marcelo Cezar, Monica de Castro, Luiz Gasparetto, Amadeu Ribeiro e tantos outros brilhantes autores é uma grande honra. A expectativa é grande, mas procuro conter a ansiedade. Até a Fernanda Montenegro, grande e maravilhosa atriz, até hoje diz que sente um friozinho no estômago antes de estréias no teatro. Imagine como me sinto! (risos)

9º Planos Futuros?
R. Sempre! Estou terminando agora em Janeiro mais um romance. Esse livro tem uma situação muito interessante e inusitada sobre sua concepção, mas que deixarei para contar mais para a frente, quando ele estiver perto de ser lançado. Estou também iniciando minha primeira adaptação de um romance meu para o teatro. A idéia seria pensar na produção da peça ainda esse ano, mas talvez tenha que esperar até 2015. Mas não me preocupo muito com isso. Vivo cada dia da melhor maneira possível e trabalho buscando o meu melhor.
Na hora certa, tudo se encaixa e flui soprando os melhores ventos.

Bom, já deu pra perceber que o que a Rose escreve é Qualidade!
Esse ano, ela lançará um livro! Aguardem!!!
Contatos:
roseelizabeth.mello@gmail.com

(só para avisar, o resultado do sorteio saiu, e está na page do facebook ;) )

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Clarice Lispector


  Muito já foi dito sobre Clarice Lispector - e infelizmente muito disso foi dito sem que se tenha lido suas obras. O que se pode afirmar é que ainda hoje Clarice encanta gerações de leitores, e parece alcançar seu maior sucesso entre os mias jovens. O post de hoje revela as primeiras impressões que tive sobre ela, e as conclusões a que cheguei sobre sua bibliografia.

  Há tempos que leio clássicos, mas vim ler meu primeiro livro de Lispector apenas esse ano; isso se deve ao fato de serem livros muito finos e extremamente caros, portanto meu bolso adiou a leitura. Mas, procurando ser bem sintético, digo que gosto muito do que já li. Esse ano tive o prazer de percorrer as páginas de A Hora da Estrela, A Bela e a Fera e Clarice na cabeceira: jornalismo. Para os que não conhecem, os livros tratam, respectivamente, de: um romance; uma coletânea de contos; uma coletânea de crônicas, reportagens e entrevistas publicados por Clarice na época em que trabalhou como jornalista para diversos jornais e revistas.

  Me espantei ao constatar que o material que mais me encantou foi o que achei entre as páginas deste terceiro livro. Embora tenha ficado mais conhecida como ficcionista do que como jornalista, o trabalho que Clarice exerceu na mídia de sua época é digno de nota. Suas colunas são marcadas por traços só seus, que garantem um estilo único e reconhecimento imediato de sua autoria.


  No mais, não posso dizer muito que já não se saiba: seus textos (todos eles sem exceção) transbordam de subjetividade, do estilo único, fortemente sentimental, que Clarice Lispector domina com maestria. Algumas ressalvas, entretanto, devem ser feitas. Como a própria autora não revisava seus textos, e proibia seus editores de revisarem exceto a pontuação, algo na qualidade de sua obra sofreu com isso. Há, sem dúvida, uma certa prepotência na figura de Lispector. Definitivamente, já li muitas obras melhores, mas Clarice Lispector me cativa por sua subjetividade; me identifico com muitos de seus textos. E muito do que ela escreveu é, em algum momento, metalinguagem, na medida que muitos de seus textos falam sobre o ato de escrever, sobre a vida de quem escreve... E como escrevo desde que me entendo por gente, não poderia ficar indiferente diante disso.

  Os livros de Clarice Lispector não são de difícil leitura; seu linguajar é simples, o número de páginas é reduzido. Creio que por isso ela tanto encante os jovens que agora se aventuram a ler livros mais "complicados", que iniciam seu trajeto rumo aos clássicos da literatura brasileira. Isso, e também por que seus textos refletem a inquietação, bem como emoções fortes invariavelmente presentes no espírito adolescente. O máximo de estranhamento que se pode ter no começo é devido a uma sintaxe um tanto bagunçada, mas que é a marca de seu estilo. Fora isso, seus livros podem ser apreciados em uma tarde, sem pressa, acompanhando o ritmo bucólico de sua narrativa.