sábado, 25 de maio de 2013

Romances de Banca

Bom, Hoje escrevo sobre romances de banca, esse estilo tão "criticado", muitas vezes, por pessoas que nem o leram.
Até hoje, só Li, de romances de banca, Segredo Sombrio e Senhor dos Mares. Esse livros foram presente da Nessa, minha amiga linda, do blog Leitura em Foco , e gostei bastante(Obrigado mais uma vez, Nessa).
A estrutura desses romances é bem parecida: Paixão/Amor forte, conteúdo sexual, mas o livro não reduz-se, apenas, a sexo, eles têm todo um contexto, todo um enredo.
Não são livros caros, e em bancas de jornais/revistas você os encontra.
E, sim, tenho vontade de ler mais romances de bancas.
É uma leitura leve e rápida, não é complicado, e não são desagradáveis.
São livros, sim, que recomendo, pra você que curte romances.



sábado, 18 de maio de 2013

O Cão dos Baskerville


  O livro do qual falarei hoje é "O Cão dos Baskerville", de Sir Arthur Conan Doyle. Na minha opinião, é sem dúvida uma das melhores obras do autor porque, além do incomparável mistério que só as aventuras de Sherlock Holmes apresentam, esse livro trás também um certo toque de terror que surpreende o leitor.
  Nessa aventura, Holmes é contratado para investigar uma morte que ocorreu no Solar Baskerville. A propriedade, passada de pai para filho, encerra em suas profundezas a trágica história de Hugo Baskerville, que faleceu naquele mesmo local séculos atrás, diz a história, vítima de um terrível cão gigantesco, negro e de aparência demoníaca. A lenda de sua morte perdurou entre as gerações, mas perdeu importância com o tempo; até que Charles, atual proprietário do Solar, é encontrado morto. Os moradores da região afirmam terem visto o "cão do inferno", e o medo que o finado tinha por tal criatura faz com que os rumores voltem a crescer.
  Eis quando Holmes é procurado pelo doutor Mortimer, amigo pessoal de Charles, para descobrir quais os reais fatos por trás da morte. A situação se torna mais urgente em vista que Henry Baskerville, o último herdeiro de Charles, que morava nos Estados Unidos e nem tinha conhecimento de seu direito à herança, prepara-se para fixar residência na mórbida propriedade. Para o médico, é claro que o antigo proprietário havia sido assassinado e que seu sucessor se encontra em igual risco. Holmes, partilhando da mesma hipótese, aceita o caso, mas ao invés de ir pessoalmente participar da investigação, manda Watson em seu lugar.
  Aqueles habituados às histórias do detetive sabem de sua repugnância pelo sobrenatural, e já inciam cada leitura tendo em mente que, por mais enigmáticas que sejam as circunstâncias, a resolução a ser encontrada será lógica e puramente empírica, desligada de qualquer conexão com o misticismo. Nessas páginas, porém, até mesmo os leitores mais céticos serão levados à dúvida; haverá mesmo a interferência humana, ou tudo se encontra além dos esforços de Holmes? Pois, se a aparente insolubilidade dos enigmas não é o suficiente para levar o leitor a crer em uma solução além da lógica, o clima de suspense e terror que paira sobre toda a história com certeza o faz. A descrição do propriedade assombrada e da charneca em que se situa é o suficiente para colocar à prova os nervos de qualquer um. Com sutileza, Conan Doyle nos transporta para o ambiente de seu livro, nos faz ver a neblina que cobre a paisagem e ouvir os misteriosos uivos que corta o ar denso da noite.
  Tenho que confessar, li boa parte do livro durante a noite, e em muitos momentos me peguei assustado com os menores barulhos, e olhando para os lados a passos rápidos quando saia do quarto e me deparava com todas as luzes da casa apagadas. O clima do livro é um tanto sinistro, e toda a história é muito bem ambientada, garantindo no mínimo alguns arrepios durante a leitura. Quem se arriscará nessa aventura sombria para provar que a lógica é a única solução possível?


sábado, 11 de maio de 2013

A língua de Eulália

 Bom, venho hoje falar desta maravilhosa obra de Marcos Bagno, chamada  A Língua de Eulália.
Como dá para perceber na capa este livro é uma novela Sociolinguística, então, caso você não seja da área de Letras, não se interesse tanto, mas é uma leitura agradabilíssima.
O enredo deste livro fala sobre três universitárias -Vera, Emília e Sílvia- que viajam para casa da tia de Vera, Tia Irene, que é aposentada, mas dá aulas em sua casa.
Eulália mora na mesma casa, e tem um português-não-padrão, ou como citado no livro, PNP. Não segue as regras da Gramática normativa.
As universitárias acham engraçado a forma de Eulália falar, como se Eulália tivesse um modo de falar "errado". Mas no decorrer, Irene as ensina que Eulália não fala "errado", mas diferente, com variações.
E que errado é pensar que a mulher, com pouco estudo, fala errado.
Nesta obra, por mais característica de novela, tem MUITAS explicações sobre o porquê das variações que ocorrem na fala, explicações de como ocorrem essas variações, e cita exemplos.
Ou seja, se você é da área de Letras, interessa-se por Sociolinguística, e/ou quer um pouco mais conhecimento, é uma bonissima indicação.
Eu, simplesmente, adorei este livro.